domingo, 26 de dezembro de 2010

Espírito de Natal...

Eu adoro o natal... Acho uma época muito gostosa e que me refresca na memória lembranças de natais ainda mais felizes. Era pura festa, espera, surpresa... Dezembro era um mês interminável e o dia 25, uma dádiva. Eu sinto muito pelas crianças que não tiveram a oportunidade de sentir o que eu senti e que ainda sinto. Depois dessa época de tenra infância as perspectivas sobre esse dia mudaram, mas o saldo ainda é positivo. Hoje, esse dia me trouxe uma série sensações e situações que talvez sejam o meu presente. Colhemos o que plantamos, claro, mas tenho minhas dúvidas sobre os terrenos nos quais plantei minhas sementes. Se eu só tivesse plantado sementes ruins eu só teria frutos ruins, e isso definitivamente não acontece. Talvez eu esteja apenas confundindo a colheita amarga dos outros com a minha. Eu não sei o que eu fiz. Não temos controle sobre nossas ações 100% do nosso tempo. Um gesto, a entonação, um olhar, uma medida que você tomou na sua vida... Tudo pode ser ofensivo.
Eu gostaria de pedir desculpas, nunca foi minha intenção.
Eu realmente quero saber como você está, não estou interessada apenas em comparar. Eu acredito na amizade. Não se trata de corresponder às expectativas o tempo todo. Ficamos tanto tempo sem nos ver e agora é assim, tão tenso. Talvez não seja só comigo e sim com todos, não é? Só que você sabe que eu percebo, e a grande maioria está absorta demais nos próprios problemas para passar além daquela abordagem superficial corriqueira. Mas ahhh... Como eu pude ser tão inocente... Eu custei a perceber que nós não somos mais amigas... E que talvez nós nunca tenhamos sido. Afinal você mesma já deu claros sinais de que não acredita em amizade, inclusive na minha.
Eu já reparei uma coisa... Quando eu converso com alguém, eu não tenho medo de me expor, eu sou um livro aberto. Eu esqueço que as pessoas não são assim.
De repente me bateu uma pena.
Sério... Que pena, podia ser tão diferente.
Mas está fora do meu controle. E eu sou tão minúscula.
Se eu te amo eu deveria simplesmente pensar em você muito feliz, resignada de forma divina com sua vida, plena. Me contentar apenas com esses pensamentos, que são tudo que eu posso te dar, já que você não me deixou escolhas. Coitada de mim com meus problemas egoístas. A promessa de ano novo deve ser aprender a ficar mais calada.